A Fiat anunciou recentemente uma mudança de estratégia na Europa, onde planeja disponibilizar veículos com uma paleta de cores mais ousada e vibrante, deixando de lado os tradicionais branco, preto e prata/cinza. No entanto, essa tendência ainda está longe de chegar ao Brasil, onde aproximadamente 40% dos carros vendidos continuam sendo brancos, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Pittsburgh Plate Glass Company (PPG).
Embora seja comum ver nas ruas brasileiras uma predominância de veículos em tons de preto, branco e prata, poucas pessoas sabem os motivos por trás dessa preferência. Alguns dos principais fatores que levam os consumidores a optarem por modelos nestas tonalidades são o preço, a facilidade de revenda e a descrição. Além disso, as montadoras, visando reduzir custos de produção, passaram a oferecer cores mais neutras e de menor custo, o que resultou em uma maior disponibilidade de carros nessas cores. Menos variedade de cores implica em um menor custo para as montadoras ajustarem os injetores e robôs de pintura durante o processo de fabricação dos veículos.
A pesquisa revelou que 14% dos carros vendidos no Brasil são pretos, enquanto 17% são prata e 16% são cinza. O principal motivo para essa preferência por cores sólidas está diretamente ligado ao preço, uma vez que as cores básicas são mais agradáveis para os compradores. Tons metálicos, como azul, dourado e vermelho, geralmente são oferecidos como serviços e têm um custo adicional.

Outro aspecto observado pelo estudo é a facilidade de revenda dos veículos nessas cores mais tradicionais, pois é mais fácil encontrar compradores que se identificam com essas tonalidades do que pessoas que preferem cores chamativas, como amarelo, laranja, verde-limão, rosa, roxo, entre outras.
Por fim, a descrição fornecida pelo branco, preto, prata e cinza foi apontada como um fator determinante. Essas tonalidades passam despercebidas no trânsito cotidiano, o que se torna preferida para profissionais como executivos e políticos. No entanto, quando se trata de carros esportivos, a pesquisa revelou que os consumidores preferem cores mais chamativas, como vermelho, amarelo e azul. Um exemplo recente é o lançamento do Honda Civic Type R, que adotou o cor azul como uma de suas opções no mercado brasileiro.
Em relação às outras tonalidades menos populares, os carros azuis representam 8% das vendas, seguidos pelos vermelhos com 7% e os verdes com apenas 3%, conforme apontado pelo estudo realizado pela PPG.