No interior do estado do Piauí, mais precisamente na localidade Mato Seco, zona rural de Miguel Alves, um vídeo viralizou nas redes sociais que mostra uma retroescavadeira retirando o calçamento de uma das três ruas que foram pavimentadas recentemente. A empresa fornecedora das pedras utilizadas no pavimento alega que a construtora responsável pela obra, a Ideal Eireli, não realizou o pagamento do material, o que motivou a retirada do calçamento.
O proprietário da fornecedora do material, também afirmou que os trabalhadores terceirizados que executaram a pavimentação das ruas não receberam os pagamentos. Por sua vez, a construtora nega ser a responsável pela obra, alegando que terceirizou os serviços para a Construtora Ideal.

Eu forneci o calçamento de paralelepípedo. Depois de três dias da compra o pagamento ainda não tinha sido efetuado, quando cobrei recebi um comprovante de pagamento falso. Mesmo depois de questionar, a construtora ainda mandou outro comprovante falso, por isso fui lá e retirei meu material.
afirmou o empresário
A falta de pagamento de fornecedores e trabalhadores prejudica não apenas as partes envolvidas diretamente, mas também a comunidade local que aguarda a conclusão das obras para melhorias em sua qualidade de vida.
Licitação da obra
A obra em questão foi licitada para a Construtora JDN EIRELI, que terceirizou os serviços para a Ideal Eireli. No entanto, a Ideal não teria cumprido com sua parte no acordo, gerando a atual situação de conflito.
Estamos resolvendo a situação pavimentando novamente a via. O problema se deu entre o fornecedor do material e a construtora contratada por nós para administrar essa parte da obra. Mas devido o transtorno, reincidimos o contrato e demos início novamente à obra.
explicou um representante da construtora que não quis se identificar
O outro lado
Segundo nota da prefeitura de Miguel Alves, apontou que a obra é responsabilidade do Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi). A Idepi apontou que todos os pagamentos foram devidamente repassados e aponta que o problema está entre ela e os seus contratados.
Situações como essa evidenciam a importância do cumprimento dos acordos firmados entre as empresas envolvidas em obras públicas, bem como a necessidade de fiscalização dos órgãos responsáveis para garantir a transparência e legalidade desses processos.